Ser rebelde passou a ser visto como algo tão próprio da juventude, que ser jovem já era motivo suficiente para ser rebelde. Eram os famosos rebeldes sem causa, o início da alienação da rebeldia. A revolta virou produto comercial, grife de roupas, filme de verão, música da estação. A rebeldia virou pop.
Faz pouco tempo, encontrei por acaso um velho depoimento meu que fiz durante uma aula extremamente irritante do meu 3° ano do ensino médio. Na época, a pressão do estudo e do vestibular me desestimulavam. Me sentia preso e sufocado. Achei o texto até interessante - e como faz muito tempo que não publico nada no Sala 37 -, resolvi reproduzir parte dele aqui. A parte mais importante que eu considerei e a que expressava melhor a ideia que eu queria passar.
O trecho é bem pequeno mesmo, mas me surpreendi por ter pensado nisso na época. Modifiquei bem pouco, por conta de alguns erros de gramática, mas o essencial foi mantido. Segue a seguir.